quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bernardino Machado Pedagogo


Numa organização da Câmara Municipal em colaboração com o Museu Bernardino Machado, vai realizar-se no próximo dia 15 de Fevereiro, pelas 21h30, no referido Museu, a segunda conferência do ciclo “Pedagogos e Pedagogia em Portugal”. Desta vez, o convidado é o professor Norberto Amadeu Ferreira Gonçalves da Cunha, professor catedrático aposentado da Universidade do Minho e coordenador científico do Museu Bernardino Machado, que irá proferir a conferência “Bernardino Machado Pedagogo”. Para além da entrega do certificado de presença, e a entrada livre, o Ciclo de Conferências aguarda acreditação pelo Centro de Formação Científica para os professores das disciplinas de História, Filosofia e Sociologia.
 O Prof. Norberto Cunha doutorou-se em 1990 pela Universidade do Minho com a dissertação “Génese e Evolução do ideário de Abel Salazar” e foi Professor Catedrático do Departamento de Filosofia e Cultura do Instituto de Letras e Ciências Humanas da mesma Universidade, desde 1998 até 2006, ano em que se aposentou. Presidiu, durante vários anos, ao Centro de Estudos Lusíadas da Universidade do Minho, organizando, no âmbito das suas actividades, dezenas de conferências e vários colóquios internacionais. Foi, igualmente, durante vários anos, Presidente do Conselho de Cursos do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho e Director do Departamento de Filosofia e Cultura do mesmo Instituto, encontrou-se à Fundação Lloyd Braga, tendo sido seu vogal e membro da Comissão Instaladora da Casa-Museu de Monção, da Universidade do Minho. Membro dos conselhos científicos de várias revistas nacionais e dos órgãos de várias instituições académicas, ao longo da sua carreira leccionou as disciplinas de Lógica e Epistemologia do Conhecimento Social e Mentalidades e Cultura Portuguesa, dirigiu mestrados, assim como os leccionando, dentro e fora da Universidade do Minho, em Portugal e no Estrangeiro, tal como em Cursos de Verão, sobre “ Temas de Filosofia Portuguesa Contemporânea” , sobre “ O Ensaio em Portugal no século XX” e sobre “ A Ideia da Europa em Portugal (desde a Ilustração ao Estado Novo)” . No mestrado de História das Instituições e Cultura Moderna e Contemporânea, do Departamento de História da Universidade do Minho, leccionou, durante vários anos, a disciplina de Cultura e Mentalidades no Portugal Contemporâneo assim como leccionou, também durante vários anos (1991-1992 até 2002/2003); e no mestrado em História e Filosofia da Educação da mesma Universidade, também durante seis anos, a disciplina de “Pensamento Educacional Português”. Foi orientador de dezenas de teses de mestrado (especialmente sobre educadores portugueses) e várias teses de doutoramento, tendo sido arguente de umas e outras em Universidades portuguesas. Tem participado em vários projectos de investigação, realizou conferências em diversos Congressos e Colóquios nacionais e estrangeiros e fez parte de júris de vários prémios de História Contemporânea. As suas publicações têm como objectivo fundamental, a compreensão de Portugal e dos portugueses a partir das Luzes e da modernidade, através da chamada “ história intelectual” – tendo como ponto de partida os paradigmas científicos-naturais – numa perspectiva metodológica de convergência entre a história das ideias e a história e a sociologia das ciências. Tem seis livros publicados, proferiu mais de duas centenas de conferências no país e no estrangeiro e publicou mais de uma centena de artigos em revistas da especialidade. Os seus trabalhos publicados têm, como referente: (a) a Ilustração em Portugal, com especial ênfase nos chamados “estrangeirados” (como Verney, Cunha Brochado, José Anastácio da Cunha, Martinho de Mendonça e Ribeiro Sanches) e na Academia Real de História Portuguesa; (b) a Filosofia em Portugal e a Cultura portuguesa – da “ Geração de 70” à crise da II Guerra Mundial – com especial incidência nos “ intelectuais” e no “ensaísmo” português, na ideologia e política republicanas, na “ Renascença Portuguesa”, no tradicionalismo integralista, nos seareiros e no neopositivismo lógico; (c) a ideologia do Estado Novo e seus próceres; (d) a recepção da Ideia da Europa em Portugal; (e) a representação da Galiza na historiografia portuguesa; (f) o republicanismo português (1903-1918); (g) e Bernardino Machado (obra pedagógica e politica). Actualmente, tem prestado especial atenção, sobretudo, aos paradigmas e “dispositivos” intelectuais pró-naturalistas de longa duração na Cultura Portuguesa (das Luzes ao século XX), à teoria da história (relações entre ensaísmo e modalidades actuais da escrita actual da História; e o papel da metáfora na História), à problemática do tempo e à publicação das “ Obras” de Bernardino Machado.


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