quinta-feira, 29 de novembro de 2012

João Bigotte Chorão e Camilo Castelo Branco

 
 
 
Fica aqui o aperitivo.
O mestre camilianista dos mestres, ainda entre nós, na conferência que proferiu no “Colóquio Internacional Amor de Perdição: olhares cruzados”, com a conferência que proferiu no dia 17 de Novembro, com o título “Do Culto Camiliano: as leituras de Camilo”, separou, nas suas palavras, “o trigo do joio”. Falo, indiscutivelmente, de Bigotte Chorão, que distinguiu uma hermenêutica biográfica da geração de 1925, relativamente à geração de 1990, com uma hermenêutica mais exigente, centrada na interpretação textual da obra de Camilo, esta iniciada nos anos 40, com o “Penitente” de Teixeira de Pascoaes. Das “Leituras”, falta a “exegese crítica” de Bigotte Chorão, imprescindíveis para uma compreensão da interioridade textual de Camilo. Ao lermos Camilo com Pascoaes, Jacinto do Prado Coelho, José Régio, Aquilino Ribeiro, Manuel Simões, Alexandre Cabral ou Aníbal Pinto de Castro, junto os livros de Bigotte Chorão, que também devem estar ao lado dos de Camilo. Referencio as “Páginas Camilianas e outros temas oitocentistas” (1990), “Camilo: a obra e o homem” (1979) e “O Escritor na Cidade” (1986), o qual contém “Camilo, Personagem de Drama”, “Camilo e a Tradição Narrativa Camiliana” e “Um Prosador Solar”, uma viagem de Aquilino com Camilo; e, indiscutivelmente, o seu essencial sobre Camilo (possivelmente emprestei e já não o tenho!)
Ter ouvido e ter revisto o mestre, que já vem desde 1990, ano do centenário de falecimento de Camilo, nas suas palavras, no “santuário camiliano de Seide”, registo não só o resumo da conferência de Bigotte Chorão, como igualmente a lembrança do dia e as capas titulares de Bigotte Chorão que viajam pela camiliana cá de casa, sempre prontos a serem lidos, assim como igualmente uma passagem fotográfica do momento.
 
 

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