quarta-feira, 12 de outubro de 2011

xiv encontros de outono 2011

Os XIV Encontros de Outono de 2011 estão subordinados ao tema “A Política dos Melhoramentos Materiais em Portugal: da Regeneração ao Século XXI”. Organizados pelo Museu Bernardino Machado, e com a coordenação científica do Prof. Norberto Ferreira da Cunha, os XIV Encontros de Outono serão realizados nos dias 25 e 26 de Novembro, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, sendo a entrada gratuita e tendo a presença, após inscrição, a entrega de certificado.
Contando com a presença na abertura do Presidente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, Arq.º Armindo Costa, os XIV Encontros de Outono terão no seu primeiro dia (25, Sexta-Feira) conferencistas como Jorge Fernandes Alves (“FAZER OBRA – A geração do pós-guerra liberal e a consciência do atraso económico”), Norberto Ferreira da Cunha (“Bernardino Machado, Ministro das Obras Públicas, 1893”), Fernando Rosas (“Salazarismo e Fomento Económico”), Fernanda Rollo (“O Salazarismo e o Plano Marshall”), David Justino (“Progresso e Modernidade”), Pedro Lains (“A Política dos Melhoramentos Materiais na “Regeneração”), Teresa Nunes “O Ministério do Fomento como motor de desenvolvimento, segundo Ezequiel de Campos”), Rafael Amaro das Neves (“As políticas de fomento e coordenação económica regionais do Estado Novo: o fracasso da divisão administrativa do país em províncias”). Por seu turno, no segundo dia (26, Sábado), teremos a presença de José Pacheco Pereira (“Tecnologia e Tecnocracia), João Ferreira do Amaral (“Economia e Futuro da Sociedade”), Carlos Fiolhais (“Ciência em Portugal: passado, presente e futuro”) e, finalmente, a de Viriato Soromenho Marques (“Que futuro para o progresso, que progresso para o futuro”).


Bernardino Machado, presente na política dos melhoramentos para o desenvolvimento de Portugal, nos finais do Século XIX, nomeadamente enquanto Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1893), imprimiu uma série de decretos para o avanço do País. A saber, instituiu duas escolas no Alentejo, uma agrícola em Évora, outra de cerâmica em Viana, imprimindo o desenvolvimento de uma agricultura científica, na distribuição de produtos químicos e de sementes para dinamizar a cultura cerealífera e, para proteger o trabalho na viticultura, subsidiou a construção de um lagar e de uma adega social. Entres outras actividades, promoveu a aquisição duma fraga para a Figueira da Foz, reformou os institutos industriais e comerciais, que criou no Porto, organizando um curso de arte industrial, tendo em vista a função prática da instrução. Neste campo, regulamentou o trabalho da mulher e da criança nas fábricas, reduzindo o horário de trabalho, para terem acesso à instrução. Esteve, ao mesmo tempo, nas obras do porto de Lisboa, de Leixões e no Funchal e acolheu a instalação nas costas portuguesas, conhecidas até então por costas negras, de faróis. Para além de ter criado as Bolsas de Trabalho, Bernardino Machado criou o Tribunal de Árbitros Avindores. E se alguns projectos para o melhoramento do País se concretizaram, outros, ou por faltas de verbas, ou por falta de fiscalização, não tiveram continuidade.

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